AMANHECER INESQUECÍVEL NA SERRA DOS ÓRGÃOS - TERESÓPOLIS


AMANHECER INESQUECÍVEL NA SERRA DOS ÓRGÃOS - TERESÓPOLIS

Dia 17 de outubro de 2015 – Sábado

Sim, podem dizer que sou maluca!! Reclamei, praguejei aquela mochila insuportavelmente pesada em minhas costas, jurei aposentá-la para sempre, prometi nunca mais ser burra de carga!! E o que estou fazendo neste exato minuto? Colocando a dita cuja em minhas costas!
São 7:00: horário do encontro com o grupo na Saens Peña e ainda estamos saindo de casa. Estamos atrasados apesar de termos acordado às 5:45!

Paramos no posto para abastecer e às 7:20 chegamos! Encontramos com a Rosana, Thiago e mais duas aventureiras: Thainá e Luciana. Thainá foi no carro conosco e a Luciana com o Thiago e a Rosana.

Paramos por 45 minutos na casa do Alemão para tomar café.
Seguimos viagem. Tudo tranquilo até que de repente o trânsito parou completamente na Serra de Teresópolis. E assim permanecemos: completamente parados durante uma longa hora... Rodrigo e eu, já entediados, fomos “visitar” o carro do Thiago. Um dos inúmeros vendedores ambulantes nos disse que a serra está em obras e eles liberam um lado da pista durante meia hora enquanto fecham o outro.

Trânsito da nossa pista enfim liberado! Seguimos em direção ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Surpresa: o Parque estava fechado por falta de água... Felizmente nossa decepção durou pouco pois quem já havia reservado a trilha para a Pedra do Sino, nosso caso, podia entrar! Ufa!
Subimos de carro até o terceiro estacionamento. Lá colocamos nossas botas, passamos protetor solar e me preparei psicologicamente para colocar minha inimiga nas costas. Para minha felicidade, ela me pareceu bem menos pesada depois dos ajustes que o Rodrigo fez após a Travessia.


Começamos a caminhar às 12:00. São 10 kms de subida! Felizmente a caminhada é no meio da floresta, o que nos protegia do sol e amenizava o calor!
E não é que a mochila parecia outra? Meus ombros não ardiam e eu não tinha mais a sensação de que alguém estava apoiando neles e me empurrando para baixo! Que maravilha é ter uma mochila regulada!!

Minha felicidade era tamanha que eu tinha vontade de subir correndo aqueles 10 kms! Mas me contive pois o Rodrigo estava sentindo muito cansaço muscular com seus 18 kgs nas costas. Como boa esposa, segui seu ritmo e acompanhei suas paradas.
Thainá estava exausta, Luciana passou mal com pressão baixa e o Thiago teve cãibras. Só Rosana e eu estávamos 100% bem!
14:00 – Paramos para almoçar. Comemos nosso delicioso miojo com milho, gentilmente doado pela Rosana. Sobremesa? Chocolate amargo.

Todas as cachoeiras do caminho estavam secas. Mais uma vez levei meu biquíni para passear...
Seguimos trilha acima parando diversas vezes para descansar.

Rodrigo se transformou completamente depois de comer uma milagrosa barrinha de cereal de banana! Parecia outra pessoa!

A paisagem foi ficando linda! As nuvens começaram a ficar abaixo de nós.













Chegamos ao acampamento às 18:00. Fomos recepcionados por dois simpáticos funcionários do abrigo que nos explicaram sobre as dependências do lugar. Montamos a barraca e entramos na fila do banho quente (R$ 20,00). Sorte nossa pois logo começaram a chegar muitos grupos da Travessia Petrópolis- Teresópolis.
Rosana foi a primeira a tomar um relaxante banho quente! Bem, a parte do relaxante deixou a desejar... Coitadinha... A água ora escaldava ora gelava!! Seus berros podiam ser ouvidos de longe! O funcionário pediu mil desculpas pois esqueceu que aquele banheiro estava com defeito...

Fui a segunda a tomar banho. No banheiro certo! Ufa! A água estava ótima! E o banho foi bem relaxante, apesar de ser cronometrado (5 minutos). Rodrigo foi o último do nosso grupo a tomar banho. Os outros 3, quando viram a enorme fila e a temperatura despencando, abortaram a missão banho.

Fizemos sopa de cebola e macarrão na cozinha do abrigo. Enquanto a comida ficava pronta, conversamos com um guia que nos surpreendeu com suas histórias! Ele já fez 26 vezes a Travessia Petrópolis- Teresópolis este ano!! Sozinho faz em 4 horas!! Foi para Aconcágua de bicicleta!
Jantamos em nossas barracas. Tive a ideia de subirmos a Pedra do sino para ver as estrelas e a lua. Thiago disse que, como nosso guia, não nos deixaria ir sozinhos. Fomos todos, exceto a Thainá, que estava muito cansada.
Lanternas de cabeça a postos e lá fomos nós! Não chegamos a ir até a Pedra do Sino porque era distante para chegar até lá a noite.
Logo encontramos o lugar perfeito: uma enorme pedra. Nos deitamos e contemplamos o céu. Uma chuva de estrelas caía sobre nós! Ficamos uma hora lá.

Dormimos às 22:30. Rodrigo me acordou 4 vezes de madrugada dizendo:
“Estão mexendo nas nossas coisas!!”

Na verdade ele ficou impressionado porque o Thiago disse que era perigoso deixarmos nossas mochilas fora da barraca. E, quando o vento batia na cobertura da nossa barraca, o Rodrigo achava que estavam mexendo nas nossas coisas.

Dia 18 de outubro de 2015 – Domingo

Acordamos às 4:30 com muitas pessoas conversando. Já estavam se preparando para ver o nascer do sol na Pedra do Sino.
Levantamos também! Resolvemos ir para a Pedra da Tartaruga, mais próxima.
E então, às 5:20, a natureza nos brindou com um belíssimo espetáculo! Simplesmente inesquecível e indescritível!


As nuvens abaixo de nós nos davam a impressão de estar flutuando!
Tiramos inúmeras fotos, na tentativa de eternizar aquele momento.







Descemos para o acampamento. Tomamos café.

Fomos para a Pedra do Sino pelo caminho mais difícil possível! Será que o Thiago fez propositalmente para eu superar meu trauma de pedras? Só sei que quando me vi diante de uma enorme rocha inclinada, pensei em desistir. Mas, com a ajuda do Thiago, subi! E valeu a pena: a paisagem é belíssima!









Depois de mais uma centena de fotos, descemos. Desarmamos a barraca e organizamos tudo.





11:00 – Mochilas nas costas e começamos nossa descida. Ok, ok, eu sei! Para baixo todo santo ajuda. Mas eu prefiro subir! Meus joelhos, apesar do bastão, doem e eu não consigo ser tão rápida na descida como sou na subida...



Paramos algumas vezes para lanchar, beber água e ir “ao banheiro”. Uma chuvinha fraca nos acompanhou o tempo todo.

Chegamos no estacionamento às 14:30 (3:30 de descida).

Paramos num restaurante no centro de Teresópolis para almoçar.

Ficamos novamente parados durante 1 hora na serra.

18:00 – Chegamos em casa.